sábado, 20 de fevereiro de 2016

Como parar de enrolar e começar a estudar em 7 passos


Você é daqueles que ficam deixando tudo para depois e acabam sempre acumulando um monte de coisa para estudar? Conversamos com especialistas para reunir dicas práticas para ajudar a vencer esse hábito





É ano de vestibular e há um monte de coisa para estudar e livros para ler. Você ia começar a maratona de estudos em janeiro, mas todos os seus amigos ainda estavam de férias e você achou que merecia relaxar um pouco também. Justo. Mas, em fevereiro, ainda estava em ritmo de férias e achou que teria tempo suficiente para estudar ao longo do ano. Resultado: adiou tudo mais um pouquinho. Então chegou o mês de março. Mas aí seu irmão veio com um videogame novo e você foi incapaz de focar nos estudos enquanto não zerasse os jogos que ele comprou. E agora já estamos quase em maio e já tem matéria acumulada para estudar.
Identificou-se com essa história? Se a resposta for sim, saiba que você não é o único. E que essa enrolação toda tem até um nome (bem feio, por sinal): procrastinação. A palavra, do latim, significa basicamente deixar de lado ou postergar para outro dia. "Esse problema não acomete só os estudantes; os adultos também fazem isso", explica o professor Alberto Francisco do Nascimento, coordenador do Anglo Vestibulares. "Quando vamos viajar, por exemplo, mesmo que tenhamos comprado as passagens há meses, acabamos sempre fazendo a mala na última hora", completa.
A procrastinação é algo tão comum entre os estudantes, que muitas universidades americanas mantêm páginas em seus sites oficiais com conselhos de como vencê-la. Depois de consultar estudos e especialistas no assunto, reunimos aqui algumas dicas para ajudar você a parar de enrolação.

1. Saiba o que quer.
Quando você realmente quer algo, se sente mais motivo a lutar por isso. Se não está muito certo, fica mais difícil. É o que acontece, por exemplo, caso o seu pai queira que você se empenhe para passar em Medicina, enquanto sua preferência é pelo Jornalismo. Assim, resolva essa questão o quanto antes e descubra o que realmente quer fazer.

2. Organize-se. Mas respeite o seu tempo para a diversão também
É preciso ter tempo para tudo, incluindo dormir o suficiente, comer e se divertir um pouco. Você não precisa (nem pode!) riscar essas coisas do seu planejamento. "O que não pode é reservar mais tempo para o lazer do que para o estudo", diz o professor Alberto. A melhor maneira de organizar isso é ter um bom planejamento. "Se não tiver isso, a pessoa acaba passando quatro horas no Facebook e deixa só meia hora para estudar", completa. Assim, monte um cronograma com as tarefas que precisam ser feitas, mas inclua nele um espaço para um cineminha e coisas assim.

- Aprenda a organizar seus estudos
3.Seja realista quanto ao tempo que você levará para cada tarefa
"Os procrastinadores tendem a ser "heroicos" em relação ao tempo: eles estimam que levarão duas horas para completar uma tarefa para a qual a maioria das pessoas levaria quatro", diz a página sobre procrastinação do site da Universidade da Carolina do Norte. Antes de fazer seu planejamento, descubra quanto tempo você realmente leva para fazer as coisas ao traçar planos - mas leve sempre em consideração imprevistos e interrupções. Em uma tarde de perfeita concentração e disposição, pode ser que você leve apenas uma hora para resolver todos os exercícios de gramática que tem para aquele dia. Mas se o mais comum é que esteja sempre meio cansado quando senta para resolvê-los, precisa ser realista e considerar que precisará de mais tempo. Estabelecer alvos difíceis de cumprir só irá desanimá-lo.

4. Comece!
Para o especialista em procrastinação Timothy A. Pychyl, deixar tudo para depois pode virar mania - e, para vencê-la, é necessário estabelecer um novo hábito: começar as coisas já. Trocar o "depois eu faço" pelo "vamos resolver isso logo" é um primeiro passo fundamental para vencer a enrolação. Sem contar que, quanto mais a gente enrola, mais complicadas as tarefas parecem ser. Se você matar os exercícios de logaritmo logo depois da aula, terá grandes chances de descobrir que a matéria não é tão impossível quanto parece (até porque a explicação do professor ainda estará mais fresca em sua cabeça).

5. Livre-se das distrações
Quando for estudar, desligue a TV e o celular. Se o videogame é uma grande tentação, esconda-o até colocar suas tarefas em dia. Dependendo do seu nível de procrastinação, pode ser necessário tomar atitudes mais radicais. Se o Facebook se tornou um vício, por exemplo, instale algum programa que controle o acesso a redes sociais no seu navegador ou desinstale o aplicativo do seu smartphone. O importante é detectar o que atrapalha você e se livrar disso.
- Confira 13 dicas para se concentrar na hora dos estudos
6. Encare seus estudos como uma profissão
Você está se preparando para entrar em uma faculdade com o objetivo de virar um bom profissional, certo? Isso quer dizer que, quando arrumar um emprego na área dos seus sonhos, você pretende se dedicar ao máximo e ser responsável. "Assim como acontecerá em sua vida profissional, é necessário que você, como estudante, cumpra horários, se organize, faça cronogramas de trabalho e siga os planos com seriedade", explica o professor Alberto. Acredite: no trabalho, você não terá a opção de esperar até ter vontade de fazer as coisas. Por que não começar a adquirir para si essa responsabilidade agora mesmo?
7. Aprenda a gostar de estudar
Às vezes, precisamos nos acostumar com certos alimentos que nos fazem bem, como alguns legumes e vegetais. Com o tempo, a gente acaba até gostando. O mesmo pode acontecer com os estudos - ou com as matérias em que você tem mais dificuldade. Esforce-se para aprender a gostar delas. Quando começamos uma tarefa com pensamentos como "que droga, vou ter que estudar essa matéria horrorosa!", a coisa já começa mal e sua mente não vai ajudar tanto quanto ajudaria em algo prazeroso - como o videogame.

Ana Prado

Aprenda a memorizar mais e melhor


Nosso cérebro é uma máquina que sempre pode ser aprimorada. Conheça técnicas e veja as dicas de quem manja tudo do assunto





Se o cérebro humano é realmente o computador mais moderno que existe, alguns estudantes adorariam poder aumentar a capacidade de memória de seus PCs naturais. Mas, ao contrário do que alguns vestibulandos imaginam, fazer um upgrade do gênero não é assim tão difícil ou complicado. Segundo o neurologista Ivan Antonio Izquierdo, coordenador do Centro de Memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), “em alguns casos, memória é dom, mas na maioria é treino”.

- 8 dicas para aprimorar a memorização

“A leitura ainda é o melhor exercício para estimular a memória de um indivíduo. Supera a prática de outras atividades, como xadrez e palavras-cruzadas, em muito”, afirma Izquierdo.

Mas não basta simplesmente ler. É preciso refletir sobre o que está sendo lido. Segundo especialistas, se o aluno estiver desatento ou distraído, não conseguirá fixar bem as informações desejadas. “Uma das maiores aliadas da memória é a atenção. Sem prestar atenção, ninguém memoriza nada”, alerta a neurocientista Silvia Helena Cardoso, da Universidade de São Paulo (USP).

Para fixar a atenção do aluno sobre o material que ele deseja memorizar, Silvia recomenda ler em voz alta. E, se possível, gravar o que está sendo lido para ouvir depois. “Estudos recentes revelam que a repetição auditiva permanece por mais tempo na memória do que a imagem visual. Por isso mesmo, ouvir o número de um telefone ajuda a gravá-lo mais do que simplesmente vê-lo escrito num pedaço de papel”, observa Silvia Helena.

Além da técnica de ler em voz alta, há outras igualmente valiosas como grifar os trechos mais importantes ou estabelecer associações mnemônicas. Uma das mais famosas é “Minha Vó, Traga Meu Jantar: Sopa, Uva, Nozes e Pão”. As iniciais da frase relembram o aluno da ordem dos planetas no Sistema Solar: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão.

Para a fonoaudióloga Ana Alvarez, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), nenhuma técnica de memorização, por mais infalível que seja, trará bons resultados se o aluno for desorganizado: “Se você não tiver disciplina para estudar, não conseguirá organizar as informações em seu cérebro. Na hora da prova, quando precisar encontrar uma informação, vai demorar a localizá-la”.

Autora dos livros Exercite sua Memória, Deu Branco e Cresça e Apareça, Ana Alvarez sugere aos estudantes que aprendam a fazer um resumo da matéria estudada. “Recomendo sempre que, ao final da aula, os alunos façam uma rápida síntese do que aprenderam. É como se fosse a ata resumida de uma reunião importante. Na aula seguinte, antes de retomar a matéria, o aluno deverá reler a síntese da aula anterior”, ensina.

Não por acaso, a neurocientista Silva Helena Cardoso costuma comparar a memória humana a um quebra-cabeça. “A cada dia, cada um de nós acrescenta uma nova peça ao gigantesco quebra-cabeça montado em nosso cérebro. Por isso, é importante, sempre que possível, estabelecer conexões entre o que está sendo aprendido e o conhecimento já armazenado em nossa mente”, conclui.

por André Bernardo

SERÁ QUE EU TENHO TDAH??



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Diagnóstico-Adultos

Adultos

O questionário abaixo é denominado ASRS-18 e foi desenvolvido por pesquisadores em colaboração com a Organização Mundial de Saúde. Esta é a versão validada no Brasil.

A referência é: Mattos P, Segenreich D, Saboya E, Louzã M, Dias G, Romano M. Adaptação Transcultural para o Português da Escala Adult Self-Report Scale (ASRS-18, versão1.1) para avaliação de sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH) em adultos. Revista Brasileira de Psiquiatria (in press).

IMPORTANTE:

ESTE QUESTIONÁRIO É APENAS UM PONTO DE PARTIDA PARA LEVANTAMENTO DE ALGUNS POSSÍVEIS SINTOMAS PRIMÁRIOS DO TDAH.

O DIAGNÓSTICO CORRETO E PRECISO DO TDAH SÓ PODE SER FEITO ATRAVÉS DE UMA LONGA ANAMNESE (ENTREVISTA) COM UM PROFISSIONAL MÉDICO ESPECIALIZADO (PSIQUIATRA, NEUROLOGISTA, NEUROPEDIATRA).

MUITOS DOS SINTOMAS ABAIXO RELACIONADOS PODEM ESTAR ASSOCIADOS A OUTRAS COMORBIDADES CORRELATAS AO TDAH E OUTRAS CONDIÇÕES CLÍNICAS E PSICOLÓGICAS.

LEMBRE-SE SEMPRE QUE QUALQUER DIAGNÓSTICO SÓ PODE SER FORNECIDO POR UM PROFISSIONAL MÉDICO.

Por favor, responda as perguntas abaixo se avaliando de acordo com os critérios do lado direito da página. Após responder cada uma das perguntas, circule o número que corresponde a como você se sentiu e se comportou nos últimos seis meses.


Parte A


1. Com que freqüência você comete erros por falta de atenção quando tem de trabalhar num projeto chato ou difícil?


2. Com que freqüência você tem dificuldade para manter a atenção quando está fazendo um trabalho chato ou repetitivo?


3. Com que freqüência você tem dificuldade para se concentrar no que as pessoas dizem, mesmo quando elas estão falando diretamente com você?



4. Com que freqüência você deixa um projeto pela metade depois de já ter feito as partes mais difíceis?


5. Com que freqüência você tem dificuldade para fazer um trabalho que exige organização?


6. Quando você precisa fazer algo que exige muita concentração, com que freqüência você evita ou adia o início?


7. Com que freqüência você coloca as coisas fora do lugar ou tem de dificuldade de encontrar as coisas em casa ou no trabalho?


8. Com que freqüência você se distrai com atividades ou barulho a sua volta?


9. Com que freqüência você tem dificuldade para lembrar de compromissos ou obrigações?


Parte B


1. Com que freqüência você fica se mexendo na cadeira ou balançando as mãos ou os pés quando precisa ficar sentado (a) por muito tempo?


2. Com que freqüência você se levanta da cadeira em reuniões ou em outras situações onde deveria ficar sentado (a)?


3. Com que freqüência você se sente inquieto (a) ou agitado (a)?


4. Com que freqüência você tem dificuldade para sossegar e relaxar quando tem tempo livre para você?


5. Com que freqüência você se sente ativo (a) demais e necessitando fazer coisas, como se estivesse “com um motor ligado”?


6. Com que freqüência você se pega falando demais em situações sociais?

7. Quando você está conversando, com que freqüência você se pega terminando as frases das pessoas antes delas?


8. Com que freqüência você tem dificuldade para esperar nas situações onde cada um tem a sua vez?


9. Com que freqüência você interrompe os outros quando eles estão ocupados?


Como avaliar:

Se os itens de desatenção da parte A (1 a 9) E/OU os itens de hiperatividade-impulsividade da parte B (1 a 9) têm várias respostas marcadas como FREQUENTEMENTE ou MUITO FREQUENTEMENTE existe chances de ser portador de TDAH (pelo menos 4 em cada uma das partes).
O questionário ASRS-18 é útil para avaliar apenas o primeiro dos critérios (critério A) para se fazer o diagnóstico. Existem outros critérios que também são necessários.

IMPORTANTE: Não se pode fazer o diagnóstico de TDAH apenas com os sintomas descritos na tabela! Veja abaixo os demais critérios.

CRITÉRIO A: Sintomas (vistos na tabela acima)

CRITÉRIO B: Alguns desses sintomas devem estar presentes desde precocemente (a partir dos 12 anos).

CRITÉRIO C: Existem problemas causados pelos sintomas acima em pelo menos 2 contextos diferentes (por ex., no trabalho, na vida social, na faculdade e no relacionamento conjugal ou familiar).

CRITÉRIO D: Há problemas evidentes por conta dos sintomas.

CRITÉRIO E: Se existe um outro transtorno (tal como depressão, deficiência mental, psicose, etc.), os sintomas não podem ser atribuídos exclusivamente a ele.
 http://www.tdah.org.br/sobre-tdah/diagnostico-adultos.html#sthash.UIHnUKAn.dpuf 

13 dicas para se concentrar na hora dos estudos


Por mais que você tente, está difícil fazer sua mente focar nos estudos? Veja as dicas de especialistas para resolver seu problema.

 

 

 

Nosso cérebro é meio fanfarrão: na hora de pensar em estratégias para aquele jogo complicado de videogame ou de ler aquela revista que você adora, ele coopera facilmente. Mas quando é preciso sentar e estudar um pouco, parece não haver jeito de alcançar a concentração.
Isso fica ainda mais desesperador quando estamos em ano de vestibular e não temos tempo a perder. Para ajudar você nisso, o GUIA DO ESTUDANTE conversou com especialistas e pediu dicas para ajudar seu cérebro a se concentrar. Como cada pessoa tem um jeito de funcionar, nem todas elas serão igualmente eficientes para todo mundo. Então é bom fazer uns testes até descobrir quais dão certo para você.
- Transtorno de Atenção pode ser controlado para melhorar rendimento escolar, diz psicóloga
Não se contente em ler: escreva!
Segundo o professor e autor de livros com dicas para estudos Pierluigi Piazzi, é importante estudar escrevendo, e não só lendo. "Quem só lê perde a concentração. Quem escreve consegue entender o assunto e mantê-lo na mente", explica ele.
Escreva à mão em vez de digitar
Pesquisas já mostraram que os alunos que fazem isso aprendem mais do que quem só digita. "Você tem movimentos totalmente distintos para escrever cada letra a mão, mas isso não existe quando você está digitando. Isso faz com que mais redes neurais sejam ativadas no processo da escrita", diz o professor.
Como saber o que vale colocar no papel
Faça resumos, fichamentos e esquemas da matéria. Mas nada de ficar copiando todo o conteúdo dos livros. Para saber o que vale escrever, faça de conta que você está preparando uma cola para uma prova. Por ter pouco espaço e pouco tempo para consulta-la, é preciso ser conciso, mas ao mesmo tempo abordar os pontos principais. É disso que você precisa quando for estudar.

Revise a matéria que aprendeu em aula no mesmo dia
Além de evitar acumular matérias, estudar o conteúdo visto em sala de aula no mesmo dia fará com que seu cérebro entenda que aquilo é importante e o memorize.

Estude sozinho
Vamos combinar que, por mais legal que seja se reunir com os amigos para estudar, você acaba falando mais de outras coisas e as dúvidas permanecem. O professor Pierluigi é um grande defensor da ideia de que só se aprende mesmo no estudo solitário. "Estudar em grupo é útil se você for a pessoa que explica a matéria para os outros. Quem ouve não aproveita", diz ele. A melhor dica para um bom estudo, aliás, e explicar a matéria para si mesmo.

Use as aulas para entender as matérias e tirar dúvidas
Um erro comum, segundo o professor Pierluigi, é fazer dois cursinhos para ter um maior numero de aulas - o que realmente vai fazer diferença no vestibular é o momento em que você estuda sozinho, não o número de aulas que pegou. Mas isso não significa que vale cabular ou dormir nas aulas: elas são importantes para entender a matéria e tirar dúvidas.

Desligue todos os aparelhos eletrônicos.
Na hora de estudar, nada de deixar o celular por perto avisando você de cada notificação no Facebook. E nem caia na tentação de abrir o Facebook só por "dois minutinhos". Esses dois minutinhos sempre se estendem e acabam com toda a sua concentração. Reserve um tempinho do seu dia só para as redes sociais e faça isso virar rotina para que se acostume a checá-la apenas nesse tempo específico.

Estude em um local organizado e tranquilo
O resto da sua casa até pode ser uma bagunça, mas o local onde você costuma estudar precisa estar sempre organizado e silencioso. Ter muitas coisas espalhadas pode atrapalhar a sua concentração e há o risco de perder tempo procurando coisas que sumiram na bagunça.

Música? Só em línguas que você não entenda
Não é proibido estudar ouvindo música - há quem precise dela para se concentrar. Mas evite ouvir músicas em idiomas que você entenda - isso pode fazer com que você desvie sua atenção para a letra e esqueça a matéria.
Use marca-texto
Usar canetas coloridas e marca-texto para enfatizar os pontos principais é uma boa ajuda para manter o foco no que for importante, especialmente se você tem problemas mais sérios de déficit de atenção. Post-its também podem ser úteis.

Respeite seu tempo
Se você é mais produtivo de manhã, deixe para estudar as matérias mais difíceis nesse período. Quando sentir que a concentração não está rolando de jeito nenhum, faça uma pequena parada e depois volte. Manter intervalos regulares é fundamental - e a frequência vai depender do seu ritmo.

Tenha uma programação organizada, mas seja flexível
Use uma agenda ou quadro branco para organizar suas tarefas e respeite-a! Mas faça programações realistas para que você não se desanime. Definir que você vai estudar durante oito horas por dia se você tem várias outras atividades, por exemplo, não é algo razoável. E esteja aberto para mudanças, caso seja necessário.
Crie um pequeno ritual antes de estudar
Sempre que for mergulhar nos estudos, crie e respeite um ritualzinho antes. Pode ser um alongamento, pegar um copo de suco para deixar na sua mesa, ou que mais achar melhor. Com o tempo, seu cérebro vai entender que é hora dos estudos e ficará mais fácil se concentrar.
Quando a dificuldade de concentração é crônica
Às vezes, a falta de atenção pode ser crônica e estar associada ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). "Todo mundo pode ser os sintomas, mas não o TDAH de fato. O que conta é chama é a persistência e o prejuízo que isso traz para as pessoas do ponto de vista educacional (como evasão e não conclusão dos estudos) e sociais (dificuldade de inserção no mercado de trabalho, inadaptação social etc.)", explica Cláudia Machado Siqueira, neuropediatra e coordenadora do Laboratório de Estudos dos Transtornos de Aprendizagem (LETRA) do Hospital das Clínicas da UFMG.
Os sintomas do TDAH, tanto de desatenção quanto de hiperatividade, aparecem por volta dos 3 a 7 anos de idade. Na vida adulta, o que fica geralmente é a dificuldade de se concentrar na metade dos casos - a hiperatividade diminui. Pesquisas apontam fatores genéticos e neurológicos como as principais causas prováveis do problema, embora fatores sociais possam contribuir no desenvolvimento de problemas associados.

Nesse caso, é necessário procurar um especialista. "O problema não tem cura, porque é o jeito como seu cérebro funciona", explica Cláudia Siqueira. Mas existe tratamento, geralmente feito com medicamentos e com a chamada terapia cognitivo comportamental (um segmento da psicologia que ajuda a criar estratégias para ajudar a pessoa na organização, planejamento e cumprimento de tarefas e objetivos, como as que a gente listou aqui).

 Ana Carolina Prado

Aprenda a organizar seus estudos


Prepare-se física e psicologicamente para o vestibular. Para isso, o primeiro passo é organização. O GE traz sugestões para você criar uma programação que combine com você




“O estudante é um atleta”, diz a coordenadora do curso e colégio Objetivo, Vera Lúcia da Costa Antunes. Alberto Francisco do Nascimento, coordenador de vestibular do Anglo São Paulo, concorda: “O vestibular avalia não só o conhecimento, mas também o fator emocional e físico, que podem sobrepujar o conhecimento”. Então, mesmo soando um clichê pra lá de batido, o vestibular é, sim, uma maratona.

- Como você vai estudar este ano? Professor comenta postura de alunos

O primeiro passo é decidir quais vestibulares você irá prestar, inclusive decidindo se fará as provas do meio do ano ou não – isso definirá o seu ritmo de estudo. Então, faça uma programação e dedique-se o máximo possível para segui-la de perto. “Nós costumamos dizer que a mãe do vestibular não é a inteligência, é a organização”, diz Vera Lúcia.

Se você já prestou vestibular em outros anos e não passou, aproveite para identificar seus pontos fracos. Faça uma lista com problemas identificados no modo como você estudou e realizou as provas no ultimo ano.

Perdeu muito tempo na internet? Não administrou bem o tempo na hora da prova? Anote tudo e pense em soluções para que isso não se repita este ano. Por exemplo, se você demorou muito tempo para terminar a prova de redação, estabeleça a meta de escrever mais textos durante o ano.

Quem faz cursinho
Se você faz cursinho, receberá orientações e dicas durante as aulas. Mas para compreender o conteúdo e fixá-lo é fundamental reler a matéria e fazer os exercícios em casa. Para Vera Lúcia, o melhor é estudar as matérias no mesmo dia em que teve a aula, aproveitando que o conteúdo está fresco na memória. “Feche a semana estudando tudo o que viu durante as aulas. Se o professor está falando de Ásia, não estude Europa quando chegar em casa. Misturar as coisas não dá certo”.

Se você só faz cursinho, procure aproveitar o dia todo para os estudos. O professor Alberto aconselha: se tem aulas de manhã, estude em casa durante a tarde e a noite. Nos sábados, estude um pouco de manhã e à tarde. A noite está liberada para passeios ou descanso. Os domingos também são dias livres para você, a menos que esteja com o conteúdo muito atrasado.
Quem não está no cursinho nem na escola
Quem pretende estudar por conta própria precisa tomar mais cuidado na hora de organizar suas atividades, dividindo o dia em períodos específicos. A internet é uma aliada que ganha importância especial nesses casos, ajudando a esclarecer dúvidas que possam surgir nas matérias.
Quem tem que trabalhar
Para aqueles que trabalham, o segredo é comprar tempo. Almoce por 15 minutos e use o restante do tempo para estudar, por exemplo. E aproveite o tempo que passa no transporte público ou no carro também, ouvindo aulas gravadas, por exemplo. “Sábado e domingo são dias úteis que devem ser usados para o estudo. Eles só não devem ficar até muito tarde acordados. A noite pode ser usada para descansar”, diz Alberto.

E nas férias e feriados?
Nas férias, aproveite as primeiras semanas para descansar. Se for viajar e quiser mesmo levar algum livro, prefira as obras de literatura indicadas em vez das apostilas, porque será uma leitura mais agradável. “Mas nos últimos dias é preciso fazer um aquecimento para voltar à rotina, voltando a estudar devagar”, aconselha Alberto.

A forma como você poderá aproveitar os feriados vai depender do fato de estar em dia ou não com as matérias. Se estiver, pode estudar só no período da manhã, por exemplo, e descansar durante a tarde e a noite. O importante é não deixar de aproveitar o período para estudar pelo menos um pouquinho.

Faça!
- Pausas curtas entre uma matéria e outra. Você pode, por exemplo, estudar por 50 minutos cada matéria e descansar por 5 a 10 minutos.
 - Fazer simulados e provas passadas, inclusive de vestibulares que você não pretende prestar. Assim poderá ter uma ideia do que precisa ser melhorado. “Essa é uma das coisas mais importantes, porque você consegue avaliar como está indo. Se encontrar questões que não sabe, anote para estudar depois e refaça”, diz a coordenadora do Objetivo. Os simulados do GE têm conteúdo direcionado e você pode gravar seus resultados em um ranking
- Ler as obras indicadas. Tentar fazer isso por cerca de meia hora antes de dormir, todos os dias, pode dar certo. E faça da leitura algo prazeroso. “Leia para entender a história, não para decorá-la”, diz Alberto, coordenador do Anglo.
- Treinar redação. Para isso, só lendo e escrevendo bastante. “Ler os editoriais do jornal é ótimo para dar fluência na escrita”, diz Vera Lúcia.
- Fazer alguma atividade física, como andar de bicicleta, correr, jogar bola. Desde que isso não ocupe muito tempo. “Ir à academia por uma hora, duas ou três vezes por semana, ajuda a liberar o estresse”, diz Alberto.


Não faça!
- Deixar matérias de lado por serem “fáceis”, “chatas” ou “difíceis”. Todas elas caem na  maioria dos vestibulares, certo?
- Estudar com a televisão, messenger ou telefone ligados. Separe bem o tempo de estudar e o tempo para as distrações.
- Estudar até muito tarde e dormir pouco. “Estudar depois de uma noite mal dormida não rende nada”, diz o professor Alberto. Se o sono vem forte durante a tarde, tirar um cochilo depois do almoço é uma boa e até ajuda no aprendizado. Mas nada de passar a tarde inteira dormindo: alguns minutos já bastam. Se mesmo assim o sono persistir, pare um pouco e faça exercícios físicos.
- Estudar em grupos. “Estudar é um ato solitário”, acredita Alberto. “Fazer isso em grupo acaba sendo perda de tempo porque as pessoas começam a divagar”. Vera Lúcia concorda: “Estudar em grupo só é bom para tirar dúvidas ou discutir alguns temas”.

 por Ana Prado

Estudantes dão dicas de como passar no vestibular estudando sozinho


Eles conseguiram a aprovação em faculdades públicas e o melhor, conquistaram essa vaga sozinhos, criando suas próprias rotinas de estudos

Uma tarefa quase impossível. É assim que muitos estudantes descrevem o desafio da tão sonhada aprovação no vestibular de uma faculdade pública. A situação parece mais desesperadora ainda para aqueles que não contam com nenhum ajuda extra, como aulas de cursinhos ou professores particulares, durante essa preparação.
No entanto, essa realidade parece estar mudando. Apesar de ainda ser um grupo pequeno, o número de aprovados que estudam sozinhos vem aumentando gradualmente nas listas de chamada.
De acordo com dados da Fuvest, em 2009, 29,4% dos candidatos aprovados declararam não ter feito qualquer tipo de curso preparatório, enquanto na edição de 2013 do exame o número aumentou para 37,5%. A tendência aponta para um estudante que, seja por opção própria ou por falta de recursos, acaba montando o próprio plano de estudos e enfrentando sozinho a pressão do ano de vestibular.




Apesar do aumento, o número ainda baixo de estudantes aprovados nestas condições parece tornar essa perspectiva desanimadora. Porém, a tarefa é bem menos impossível do que se imagina. O carioca Diogo da Silva Duarte, aprovado em Engenharia Química, na UERJ, e em Química Industrial, na UFRJ, aos 18 anos, conta que sua preparação para as provas foi através da resolução de exercícios. "Refiz provas anteriores, reforcei os pontos em que tinha mais dificuldade e tentei esclarecer alguns que eu ainda não tinha visto", diz.
Segundo Diogo, a boa relação com seus professores do ensino médio também o ajudou na hora da dúvida: "como tenho uma grande amizade com os professores, sempre corria atrás deles nos intervalos das aulas, ou por e-mail, para marcar aulas de resolução de exercícios, aprender os macetes dos vestibulares e conseguir dicas de redação".
Desafios do estudo em casa
De acordo com o professor Francisco Flávio, coordenador do Cursinho do XI, a maior dificuldade de quem estuda em casa é conseguir se manter antenado com as exigências do vestibular, sem ter um professor que oriente. "No cursinho, o aluno tem o professor ali, entregando o conteúdo ‘mastigado’. Em casa, o estudante tem que se virar para conseguir organizar as horas do dia com os conteúdos e manter a concentração."
A chave para vencer a dificuldade da preparação em casa, segundo o professor, é encontrar as disciplinas certas para estudar, dividindo-as adequadamente durante as horas. "O ideal é que o aluno estude duas matérias por dia, mesclando uma de exatas ou biológicas com uma de humanas", indica. Para ele, o tempo de estudo diário deve girar em torno de seis horas, para evitar o desgaste e a falta de concentração. "O aluno que estuda em casa, por não ter as horas obrigatórias do cursinho, acaba não conseguindo manter a concentração pelas oito horas", completa.
Táticas de estudo
Aprovado em Farmácia, na UFJF, o mineiro Bruno Damasceno Bahia, de 22 anos, também faz parte dos estudantes que conquistaram a aprovação sozinhos. O estudante conta que preferiu estudar em casa por considerar seu curso não muito concorrido e achar que o tempo e o material que tinha seriam suficientes: "eu fazia outra faculdade à noite, mas como não trabalhava, tinha tempo para estudar de dia", relata.
Apesar de dizer que sua rotina de estudos era desorganizada e não seguia um roteiro fixo, Bruno explica que seu foco foi a redação. "Eu fazia dois textos por semana; em algumas raras vezes eu fazia um. Eu procurava fazer a redação no mesmo espaço que temos disponível na prova do Enem e, tanto no rascunho como na hora de passar a limpo, eu usava caneta preta", conta.
Já para Hudson Bonifácio dos Santos, aprovado em Direito, na Ufal, Engenharia Elétrica, no IFBA, Engenharia Elétrica e Arquitetura na Unit, a rotina rígida de estudos foi a maior aliada durante a preparação. "Mantive uma rotina de estudos pré-programada em uma planilha. Eu estudava das 8h às 11h, retomava às 13h e parava novamente às 17h. Também atualizava diariamente a planilha, preenchendo a coluna do dia correspondente com a matéria e a disciplina estudada, para não correr o risco de cair na repetição", ressalta.
Fontes alternativas aos livros e apostilhas, para quem está se preparando sozinho, são essenciais. Para Diogo Duarte, por exemplo, a internet foi um grande instrumento de ajuda para solucionar o problema da falta de um cursinho preparatório. "Tendo foco e determinação, cursinhos pré-vestibulares não são necessários. A internet não serve só para manter contato com amigos e jogar. Hoje temos a facilidade de pesquisar uma coisa e em segundos aparecer milhões de respostas", ressalta.
Assim como Diogo, o estudante Thiago Crepaldi, 25 anos, aprovado em Administração Pública, na Unicamp, também usou a internet, ou melhor, as redes sociais, como aliada aos estudos. "Para me inteirar melhor dos assuntos de conhecimentos gerais e me manter atualizado, resolvi reativar minha conta no Twitter, segui vários perfis informativos e de estudos e sempre lia a respeito de tudo", comenta.
Descanso e vida social
Estudar o dia inteiro sem parar ou fazer várias pausas? Sair no sábado à noite ou aproveitar o tempo para estudar? Manter contas nas redes sociais ou deletá-las até obter a aprovação, para não atrapalhar os estudos? Estas são algumas das dúvidas às quais praticamente todo vestibulando é submetido no ano do exame. Para Diogo, a falta de descanso e exílio dos amigos pode atrapalhar muito mais do que ajudar. "Não adianta ficar estudando desesperadamente. Se você não descansa, não há absorção de conhecimento, você fica sobrecarregado", diz.
O estudante Hudson também optou por não se fechar no quarto até ser aprovado. "Não me privei da minha vida social. Fui a festas, saí com amigos, porque eu sabia que tinha que haver uma válvula de escape para todo o nervosismo pré-vestibular", diz.
Mas, como nem só de baladas é feita as horas de descanso do estudante, o professor Francisco Flávio indica que o aluno use parte do tempo livre para buscar atividades que complementem os estudos, como assistir filmes e documentários relacionados a algum tópico das matérias ou ler jornais e revistas para se manter informado. Mas, atenção, as fontes de atualidades devem ser bem analisadas pelos alunos. "É preciso desconfiar da origem da informação, da orientação ideológica do veículo jornalístico. O estudante que não estiver atento pode fazer uma análise equivocada do acontecimento, por não ter o direcionamento que o professor dá", alerta.

Confira dicas de como passar no vestibular estudando sozinho
- Faça as provas dos exames anteriores do vestibular que está prestando, para adquirir confiança e se familiarizar com o tipo de questão que a banca costuma cobrar;
- Uma boa relação com os professores do ensino médio sempre pode ser produtiva. Aproveite para tirar possíveis dúvidas com eles;
- Procure estudar duas matérias por dia, divididas em um período de cerca de seis horas. Mesclar uma matéria de humanas com uma de exatas ou biológicas também pode ajudar;
- Foco na redação: o treino semanal é importante para ajudar a formular o texto no dia da prova. Tente escrever o texto no número de linhas permitido pelo exame escolhido;
- Programe uma rotina de estudos, com horários definidos para cada matéria e marque em uma planilha os conteúdos já estudados, para evitar repetição;
- Não se prenda só aos livros. Procure fontes alternativas, como as próprias redes sociais, para estudar e se manter atualizado. Faça da internet sua aliada;
- Não se prive do descanso e da vida social: reserve o número suficiente de horas para dormir e se distrair, para evitar ficar sobrecarregado e tenso durante os estudos;
- No tempo livre, busque fazer atividades que complementem o que já foi estudado, como ir a museus, assistir filmes e documentários relacionados e ler revistas e jornais;
- Na leitura de atualidades, tome cuidado com a fonte das informações e a sua orientação ideológica, que podem levar a uma análise equivocada dos acontecimentos.

 Ana Lourenço.